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Indie NÃO é gênero...

Nos últimos tempos, o termo “indie” se disseminou de uma forma impressionante. Muitos artistas são considerados, taxados, rotulados, classificados e por aí vai como “indie”, seja por si próprios ou pelos fãs. Hoje, você chega numa pessoa e pergunta que tipo de música ela gosta. As respostas variam: Rock, Eletrônica, Metal, Bossa Nova, Jazz, Soul, R&B e tantos outros. Mas vez que outra, surge o famigerado “gênero” Indie. Você já parou para perguntar o que é exatamente o indie? Você já pediu para essa pessoa explicar no que ele consiste? Não, né? Nem se preocupe. Pouquíssimos, para não dizer ninguém, conseguem matar a charada.

Eu não quero bancar o esnobe cultural, metido a sabe-tudo, mas conhecimento nunca é demais. Quando encontro “explicações” sobre o universo indie, há aquelas bandas de sempre: Arctic Monkeys, The Killers, The Strokes, Keane, Franz Ferdinand, etc.. Mas esses grupos pertencem de fato ao movimento indie? Primeiro, o que é indie? Bom, é simplesmente o jeito informal de dizer "independente". Sério, tem gente que não sabe. Não sei quem, mas deve ter. Certo, seguindo o raciocínio, indie music é música independente. Mas independente do quê?

Bem, geralmente um músico, ou uma banda, é independente quando não precisa do auxílio nem da produção e nem da distribuição das grandes gravadoras para o desenvolvimento do seu trabalho. Entende-se grandes gravadoras como EMI, Warner, Universal, Sony, BMG e tantas outras. Só que neste caso, há uma certa vaguidade, pois até que ponto um artista é realmente independente mesmo estando num estúdio pequeno? De certa forma, ele precisa desse lugar para trabalhar. Inicialmente, caracterizava-se como indie aqueles que possuíam estúdio e produção próprios para lançar seus singles, EPs e LPs ou ainda reuniam bandas que, com seu estilo alternativo, não conseguiam emplacar nas rádios.

Na maioria das vezes, o primeiro caso se encaixa para artistas veteranos, que já consagraram seus nomes e pretendem adaptar os lançamentos ao seu estilo de vida. Sem prazos, sem pressão e com a essência mais pura. O segundo caso é mais usual como ponto de partida para algo, uma vez que conta com a presença de produtores muitas vezes inconformados com que as “major labels” têm impulsionado no mercado, além dos contratos praticamente escravistas. Um exemplo? A Sub Pop Records, responsável pela explosão da cena musical de Seattle entre os anos 80 e 90. O que costumamos chamar de “grunge”.

Um produtor consegue muito bem com a sua influência transformar algo pequeno em gigante. Basta saber explorar o que tem a sua volta. Por sorte, as bandas não-radiofônicas dos anos 80 e 90 apresentavam uma qualidade incrível. E graças aos incentivos que receberam, a música alternativa sofreu um boom e pôde concorrer diretamente com o circuito mainstream. No final do século XX, a música alternativa fazia o mainstream. Sonic Youth, Pixies e The Cranberries são apenas alguns dos grandes representantes dessa belíssima cena. Com o tempo, assinaram contrato com gravadoras maiores e mataram em si próprios o conceito de indie.

Logo, fica claro que Indie está muito mais para conceito do que para gênero. Indie não se toca. Ele não possui características musicais. Indie se é, há condições para ser. Ok, Arctic Monkeys é indie? Não. O seu último álbum, “AM” (2013), precisou da distribuição da Sony BMG para chegar ao Brasil. The Strokes é indie? Não. Desde os “Is This It” (2001), possui o selo da RCA, pertencente à Sony, e isso ficou mais evidente ainda com a capa do “Comedown Machine” (2013). Franz Ferdinand? Talvez. São da Domino (Arctic Monkeys, Hot Chip, The Kills, Animal Collective) e confesso que não sei sobre a distribuição dos lançamentos da banda por aqui. Acredito que também tenha contado com a Sony BMG por motivos lógicos. The Killers? São da Island (Universal) desde o “Hot Fuss” (2004). Kasabian? RCA. Kaiser Chiefs? Contou com o selo Universal Motown para lançar “Yours Truly, Angry Mob” (2007). A parceria dura até hoje.

Eu poderia listar mais e mais bandas que são vistas como indie e na verdade não são. Mas isso já seria exibicionismo e essa não é a intenção. Creio que esse circuito hoje esteja reservado aos artistas com os chamados “home studios”. Muitos músicos têm lançado projetos com gravações feitas em casa e com uma qualidade sensacional. Um grande expoente desse caso é o Djent, subgênero do metal progressivo. Desta vez, sem nomes, vou deixar você ir mais a fundo nesse assunto.

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